O derby minhoto entre vianenses e barcelenses, respeitante à 23ª jornada do campeonato nacional da 1ª divisão de hóquei em patins, ditou um empate a cinco bolas.
Neste embate a Juventude de Viana até entrou melhor e esteve no comando durante um bom período, mas o Barcelos conseguiu chegar-se à frente e obrigar a Juventude de Viana a transcender-se atrás do resultado. O ambiente esteve mais infernal do que nunca em Monserrate e André Azevedo foi o primeiro a levantar as bancadas (1-0). Num jogo muito equilibrado e repartido, não tardou muito o empate do Barcelos, alcançado por Reinaldo Ventura.
No recolher às cabines os vianenses saíram na frente depois de Diogo Fernandes fazer o segundo e terceiro golos da Juventude. Entretanto, João Guimarães reduzira e, ao intervalo, verificava-se o 3-2. No segundo tempo o jogo não caiu de produção, mas aí subiu a percentagem de casos duvidosos nas decisões da equipa de arbitragem composta, num jogo entre minhotos, por membros pertencentes à Associação de Patinagem do Minho.
O Barcelos entrou para o segundo tempo mais pressionante e em busca do prejuízo, pelo que Miguel Vieira empatou (3-3). Depois de Cláudia Rego exibir cartolina azul a Francisco Veludo, o Barcelos marcou quarto e o quinto golo por intermédio de Hugo Costa (3-5). Faltavam 12m para jogar, ainda era muito tempo, para a Juventude de Viana ir em busca do resultado. Francisco Silva acendeu a pólvora para a explosão de golos vianenses (4-5) e Suíssas fez explodir a bomba que valeu o empate para os locais (5-5).
Na verdade o nulo poderia ter sido desfeito. A escassos 20 segundos do fim a equipa de arbitragem apitou grande penalidade a favor do Barcelos, mas defendida por Correia. Essa mesma equipa que durante largos minutos retardou a 10ª falta do Barcelos, que nunca veio a acontecer e, por isso, não originou sequer livre direto.
“Estava destinado que a Juventude de Viana não podia ganhar o jogo de hoje de maneira nenhuma”, entristeceu-se Pedro Sampaio. “Foi um grande jogo de hóquei em patins. Queríamos ganhar e não conseguimos. Estivemos quase sempre em vantagem e na altura mais complicada conseguimos entrar no jogo. Disse aos meus jogadores que foram magníficos. A equipa de arbitragem é que não foi equiparada ao espetáculo. É uma vergonha o terceiro árbitro, sem nível nenhum, ameaçar-me”, criticou depois de todas as incidências decorridas durante o jogo.
Para o treinador Paulo Freitas foi “um jogo equilibrado, dentro do que se esperava. (…) mas os momentos mais importantes foram controlados pelo Barcelos. Não fomos competentes porque sentimos que com o 5-3 o Viana estava morto e deixamos relançá-los a partida”.
Com este resultado as posições de ambas as equipas mantêm-se e a distância pontual entre ambas continuam a ser três pontos: o Barcelos em 6º lugar com 38 pontos e a Juventude em 7º com 35 pontos. Depois desta jornada a Juventude de Viana, tem uma pausa grande nas competições e só volta a jogar a a 28 de Maio na ilha dos Açores diante do aflito Candelária.
“Temos duas semanas de pausa. Vamos trabalhar até lá porque vai ser um jogo muito difícil. Temos uma viagem complicada e cansativa. Vamos fazer o melhor possível para trazer os três pontos. Como estamos na fase de todas as decisões esperamos que não haja decisões como hoje e que a terceira equipa esteja ao nível das outras”, rematou.
