Os pescadores do rio Minho queixam-se de há quase um ano não terem notícias da Confraria da Lampreia do rio Minho. A entidade foi formalizada em 2013 tendo como principal objectivo a promoção daquele ciclóstomo, sendo que a certificação da lampreia do rio Minho foi uma das metas apontadas. Os pescadores foram convidados a integrar a confraria, mas dizem que há um ano que não têm notícias daquela entidade.
É o que revela o representante da Associação de Pescadores para a Preservação do Rio Minho, António Felgueiras.
Os promotores da Confraria da Lampreia do Rio Minho, entre eles os municípios do vale do Minho, pretendem promover a lampreia daquele curso de água, sendo a certificação apontada como um dos objectivos.
Acontece que a lampreia que nasce no rio Minho parte, pouco depois, rumo ao mar, onde pode passar até dois anos e nada garante que regresse ao rio onde nasceu. É o que dizem os biólogos e é o que confirma o Migranet. Trata-se de um projecto europeu que tem por objectivo tem a recolha de informação sobre a fase marinha da lampreia.
Só no rio Minho, e graças ao trabalho do Aquamuseu liderado por Carlos Antunes, em colaboração com os pescadores locais, já foram marcadas, este mês, 300 lampreias juvenis. A ideia é perceber quanto tempo passam depois no mar e a que rio regressam para desovar.
Das 408 que já tinham sido marcadas em anos anteriores, apenas uma regressou ao rio Minho.