Um regime de excepção. É o que pedem os pescadores portugueses do Litoral Norte em relação ao regulamento comunitário que proíbe a pesca com redes de deriva.
Pescadores, autarcas, deputados e o comandante da Capitania do Porto de Caminha estiveram ontem reunidos para traçar uma estratégia de luta. Do encontro saiu a resolução de os pescadores elaborarem um memorando técnico que clarifique o que realmente está em causa e juntar todas as força para fazer pressão junto da Comissão Europeia.
O presidente da Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora, Vasco Presa, explica ser necessário criar um lobby de defesa da pesca artesanal realizada no Norte do país e na Galiza.
Em cima da mesa está a proposta de regulamento do Conselho Europeu – COM 265, que poderá pôr em causa a pesca da sardinha no Norte, entre Matosinhos e Caminha, e a pesca no Rio Minho de espécies como a lampreia, o sável e a solha ao proibir a pesca com redes de deriva.
O comandante da capitania do Porto de Caminha, Gozalez dos Paços, apoia os pescadores do concelho afirmando que artes que utilizam, sobretudo no rio Minho, não afectam as espécies piscícolas.
Os autarcas dos municípios do Litoral Norte deverão reunir-se na próxima semana em Caminha para fazer chegar ao Governo o seu protesto contra este regulamento da União Europeia. Pedem à Comissão Europeia um regime de excepção para os pescadores locais.