Na entrada do ano de 2015, o ciclo Histórias de Jazz em Portugal, da autoria de António Curvelo e Manuel Jorge Veloso, e coprodução do Hot Clube de Portugal e do Centro Cultural Vila Flor, regressa a Guimarães para a sua 12ª sessão. Desta vez, o protagonista é o saxofonista José Pedro Coelho que vem ao Centro Cultural Vila Flor falar da sua carreira e do presente e futuro do jazz português.
Na primeira noite, 07 de janeiro, José Pedro Coelho conversa com os autores do ciclo sobre a sua carreira artística profissional e a cena atual do jazz em Portugal, com audição de música gravada. Às 23h15, segue-se um concerto por um combo da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), do Porto, com repertório de originais e peças associadas à carreira de José Pedro Coelho.
No segundo dia, 08 de janeiro, há uma nova conversa dos autores com os músicos Diogo Duque e João Pedro Brandão, focando as suas próprias carreiras, as perspetivas atuais e futuras do jazz nacional e, ainda, a obra e papel de José Pedro Coelho, com audição de exemplos gravados. Às 23h15, no Pequeno Auditório do CCVF, a sessão encerra com um “concerto carta branca” a José Pedro Coelho, com músicos por si livremente escolhidos.
Recordamos que o ciclo Histórias de Jazz em Portugal divide-se ao longo 16 sessões que tiveram início em janeiro de 2014, prolongando-se até maio de 2015. Cada uma das 16 sessões, de caráter público, decorre em duas noites sucessivas e com um programa duplo, constituído por quatro módulos distintos (dois por noite).
Não pretendendo ser uma interpretação da “História do Jazz” em Portugal, este ciclo também não visa consagrar uma qualquer lista subjetiva dos “melhores músicos” de jazz portugueses. Escolhidos os 64 participantes de acordo com critérios gerais previamente definidos – cruzamento de gerações e orientações estéticas; descentralização regional; multiplicidade de funcionalidades e experiências musicais –, os 16 músicos-pivot valem, apenas e tão só, como símbolos representativos, na sua diversidade, do passado, presente e futuro do jazz português, corporizando uma visão multidisciplinar capaz de testemunhar o pluralismo da identidade coletiva do jazz profissional que hoje se faz em Portugal, ultrapassando ou atenuando barreiras estéticas e tecendo uma teia de relações equilibradas no seio da comunidade jazzística.