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XI Edição do Festival Folk Celta a 27 e 28 de julho

Ponte da Barca, volta a ser a capital da música folk no fim-de-semana de 27 e 28 de Julho. O regresso do festival ao seu espaço de origem, o Choupal nas margens do rio Lima, num cenário idílico que empresta ao festival uma magia muito particular, e a gratuitidade do evento são algumas das novidades da edição deste ano que aposta, como habitualmente, em novos e consagrados talentos da música folk nacional e internacionais.

No primeiro dia o palco fica entregue aos portugueses Torcido, projeto que nasce da junção de timbres e melodias que André Nunes há muito tinha na “gaveta”. Passou à prática e deixou-as em formato físico no EP “Cabaça” lançado em 2017. A musicalidade e as impressões provocadas pela banda vão, seguramente, trazer um excelente espetáculo. Logo de seguida os The Town Bar, banda de Folk/Rock que ao longo da sua existência tem somado reconhecimento dentro e fora de portas. Os seus temas, alguns abertamente mais efusivos e energéticos, vão oferecer uma sonoridade reconfortante. Depois é a vez dos incontornáveis Gaiteiros de Lisboa reconhecidos que são como o mais importante grupo de renovação e reinvenção da música tradicional portuguesa. Com uma obra ímpar, originalíssima, traçaram e continuam a traçar novos caminhos para a nossa música identitária, de raiz, que neles nunca ficou lá atrás, mas esteve, está e estará sempre de olhos postos no futuro. Sobe de seguida ao palco a magnética Morgane Ji da ilha da Reunião e que condensa nas suas actuações todas as imagens que associamos a esse pedaço de terra perdido no meio do Índico, a distância, o exotismo, a mestiçagem, o misticismo… dona de uma voz única, profunda e sensual. A primeira noite fecha ao som dos TT Syndicate, Sete Rapazes de Fato que de facto são uma banda que reflete, como poucas neste momento, a busca de uma comunidade das referências no passado jogando as suas cartas desde a mais profunda soul às raízes do rythm’n’blues.

O segundo dia do festival começa com os Palankalama, um quarteto dedicado à música instrumental, oriundo da cidade do Porto. As suas composições baseiam-se na música tradicional/folk de diversas regiões e imaginários. Sobem de seguida ao palco as Sopa de Pedra, grupo vocal feminino dedicado ao canto a capella de canções de raiz tradicional, trazendo um revivalismo da música tradicional portuguesa com o preciosismo que tanto lhe é merecido. Segue-se o espanhol Davide Salvado, uma das vozes mais carismáticas da Galiza. Autodidata, apresenta “Lobos”, um álbum que é uma metáfora à imagem duma Galiza pura e selvagem e é também um agradecimento a todas as mulheres fortes e anónimas que encontrou na busca das raízes musicais da Galiza profunda. Tomam então o palco os Dead Combo, sem dúvida uma das mais importantes bandas do novo panorama musical português. O seu novo disco “Odeon Hotel” é a síntese perfeita da portugalidade e universalidade existentes na sua música. O festival termina em festa com os Forró Mior. Destacados pelo jornal francês Le Monde como “uma das mais inspiradoras e frescas bandas do género”, Partem do forró brasileiro mas daí mesclam-no com outras influências musicais como a cumbia, a milonga, o swing, o samba e o jazz latino.

Em simultâneo com os concertos decorre a Feira Tradicional que garantirá animação permanente de sexta a domingo no espaço do Choupal, proporcionando aos visitantes encontrar não só animação musical e de rua mas também a comercialização e degustação de produtos artesanais.

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