O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional garantiu, de visita a Caminha, que no próximo Quadro Comunitário de Apoio não vai haver fundos para a construção de uma ponte a ligar Caminha a Espanha. A notícia serviu de mote a um comunicado assinado pelo Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS de Caminha que responsabiliza a gestão do PSD na Câmara Municipal por aquilo que diz terem sido “todas as oportunidades perdidas para o concelho”.
O Secretariado do PS de Caminha sublinha que lamenta “profundamente” que o PSD tenha desperdiçado todas as oportunidades de conseguir uma ligação rodoviária entre as duas margens da foz do Minho.
Diz o PS que o PSD, enquanto liderou a Câmara de Caminha, desperdiçou o III Quadro Comunitário de Apoio e o QREN para obter fundos para essa obra e responsabiliza a governação de Júlia Paula pela falta de uma ligação directa com a Galiza.
Em resposta, a concelhia do PSD de Caminha vem a público, também através de um comunicado, acusar o PS de ter parado o ferry que faz a ligação a Espanha e de não ter encontrado uma solução alternativa.
A estrutura política liderada por Liliana Silva escreve que quando o país beneficiava de “avultados apoios comunitários, o PSD defendia a ponte e o PS defendia, adquiriu e impôs o ferry aos caminhenses”.
Segundo os sociais democratas, durante 25 anos de gestão socialista à frente da Câmara de Caminha foram construídas pontes em todos os municípios do vale do Minho menos em Caminha, com o PS local a nunca defender a ponte.
O PSD acrescenta que apresentou ao INTERREG, para financiamento, uma candidatura e foi desenvolvido um estudo para a construção de uma ponte. Estudo apresentado no âmbito da Valimar, que, acrescenta o PSD, “sempre defendeu a importância estratégica de uma ponte em Caminha”.