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Navio Gil Eannes ‘levanta’ âncora e quer receber congressos, desfiles e até “sunset”

Em 60 anos de vida a pérola da construção naval de Viana do Castelo, o “Gil Eannes”, já foi um navio-hospital, levava o correio e mantimentos para a frota portuguesa da pesca do bacalhau, passou a museu e centro de mar, e já prepara a próxima viagem: receber congressos, desfiles e até uma forma diferente de ver o pôr-do-sol na cidade.

O primeiro passo deste novo capítulo do antigo navio-hospital da frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova está previsto para o dia 30 de julho, pelas 19:30, com o “Gil Eannes Fashion Event”, que pretende mostrar às empresas e operadores turísticos e culturais o seu potencial para receber eventos, enquanto novo espaço na cidade.

Tudo acontecerá precisamente a bordo da histórica embarcação, que desde 1998 conheceu nova vida, ao ser resgatado pela sociedade vianense do desmantelamento certo, sendo hoje um dos museus mais visitados do país, ancorado na doca de Viana do Castelo, em pleno centro da cidade.

“O Gil Eannes é todo ele um mundo a descobrir, cheio de beleza e de caráter que se pode afirmar como um espaço único para eventos de empresas, espaço de apresentação de moda, para receções é até cenário de filmes, como já o foi, ou para fotografias”, afirma o presidente da Câmara de Viana do Castelo e da fundação que gere o antigo navio-museu.

O “Gil Eannes Fashion Event” integra uma encenação teatral sobre as tradições da Ribeira de Viana do Castelo, interpretada pelos seus moradores, que ainda hoje vivem naquela típica zona da cidade, incluindo alguns pescadores que estiveram embarcados no navio.

Envolverá ainda um desfile de moda na proa do navio para lançar a coleção de ‘merchandising’ inspirada no padrão das camisas dos pescadores e, na pesca à linha nos Dóris e no bacalhau.

“O Gil Eannes e já uma marca que se começa a afirmar a nível nacional e internacional. Mas queremos consolidá-la para segmentos de eventos, moda e outros”, sublinha José Maria Costa.

Desfiles, congressos e até palco para um bom serão com amigos são algumas das ideias para mais uma ‘viagem’ na história do navio.

É que o antigo navio-hospital serviu ainda recentemente de cenário à peça de teatro “Anjo Branco”, pela mão do Centro Dramático de Viana, que também contou um pouco do seu papel histórico, no apoio aos pescadores portugueses.

“Queremos dá-lo a conhecer como navio-museu, mas também com um enorme potencial cênico para eventos e ações promocionais diversas”, defende José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana e da Fundação Gil Eannes.

Novos espaços de visita desde o início do ano e a caminho dos 800.000 visitantes

Construído em 1955 nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e resgatado há 18 anos da sucata, altura em que assumiu as funções de museu, o navio Gil Eannes registou um aumento de 139% do número de visitantes estrangeiros, ou seja, duplicou o número de visitantes espanhóis e ingleses e triplicou o número de franceses.

Desde que abriu portas como navio-museu, em 1998, o Gil Eannes já contabilizou mais de 703. 861 visitas, número que atesta o interesse crescente como ponto obrigatório de visita em Viana do Castelo, não estivesse ele ancorado em pleno centro da cidade.

O percurso de visita ao navio-hospital, na parte de museu, beneficia desde o início de 2016 dos novos espaços reabilitados, como o bloco operatório, a sala de esterilização, a sala de desinfeção, o laboratório de análise, o raio-X de emergência e ainda duas enfermarias.

Essa reabilitação contou com o apoio de várias empresas, entre elas, a Douro Azul de Mário Ferreira, os estaleiros WestSea, a Carlos José Fernandes, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Unidade Local de Saúde do Alto Minho e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.

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