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Sexta-feira, 19 Abril, 2024
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Caminha e Finlândia partilham estratégias de defesa e gestão da floresta

Tarja Laitiainen, embaixadora da Finlândia em Portugal, foi recebida esta manhã por Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha, para conhecer o trabalho que Caminha tem desenvolvido em matéria de prevenção de incêndios florestais e para partilhar o trabalho realizado na Finlândia no que respeita à produção de energia resultante dos inertes recolhidos nas limpezas florestais. ‘Caminha tem-se distinguido no contexto nacional por ser uma referência de trabalho estruturado: planeamento, prevenção, combate aos incêndios e recuperação dos terrenos pós incêndios. Isto chamou à atenção da embaixadora e também da Finlândia que quis conhecer o caso de Caminha. Também a embaixadora, sublinhou o papel do Município: ‘Estão a fazer um bom trabalho de prevenção’.
Despois da reunião de trabalho, seguiu-se uma visita à freguesia de Argela, uma das freguesias com risco máximo de incêndios para este ano que está envolvida no projeto Aldeia Segura.
Durante visita, o presidente da Câmara explicou o motivo que levou a embaixadora a vir conhecer a realidade de Caminha, mais concretamente de Argela: ‘Foi a embaixadora que nos escolheu, que quis conhecer como é que nós nos preparámos para enfrentar esse risco máximo de incêndio E esta escolha deve-se ao trabalho que temos vindo a fazer nos últimos anos. Um trabalho que se iniciou com planificação; seguindo-se um trabalho de limpeza de terrenos bastante profícuo (quer da limpeza feita pela Câmara, quer de entidades privadas, quer através do fogo controlado) e o combate, o combate através das equipas de intervenção permanente, mas também da ajuda nos pós incêndios dos sapadores florestais’.
De facto, aposta na proteção civil é uma prioridade para o executivo camarário. No âmbito da empreitada Execução da Rede Primária e Secundária de Faixas de Gestão de Combustíveis, um investimento que ronda os 500 mil euros, a Câmara já limpou 200 hectares de rede primária (zonas de descontinuidade) e secundária (estradas municipais e caminhos florestais). A este número, juntam-se os 142,54 hectares executados pelos Baldios do concelho e os 164,84 hectares, realizados pelo Município através das ações de fogo controlado.

Para além da execução da rede primária e secundária, o município procedeu à criação de uma nova equipa de sapadores florestais, com o objetivo de desempenhar ações de silvicultura preventiva, ações de gestão florestal, vigilância, primeira intervenção em incêndios florestais e apoio a rescaldo e vigilância pós-incêndio. Também foram criadas duas equipas de intervenção permanente que reforçam os efetivos das corporações de bombeiros de Caminha e Vila Praia de Âncora.

O edil lembrou ainda que Caminha foi um dos 10 municípios a implementar o projeto piloto de cadastro florestal Balcão Único do Prédio (BUPi). Até ao presente já foram georreferenciados mais de 5000 prédios rústicos.
Miguel Alves explicou: “Argela é uma das freguesias com o risco máximo de incêndio para o próximo ano. E não está naturalmente preparada, como nenhum de nós está preparado, para uma tragédia. Mas, estamos a fazer o nosso trabalho: estamos a limpar as faixas de gestão de combustível; estamos a limpar os caminhos florestais, temos feito um trabalho de segurança com a população, quer na sensibilização, quer no trabalho de simulação do que pode ser uma situação de emergência e em conjunto com a presidente da Junta de Freguesia estamos a fazer aquilo que nos compete fazer para enfrentar o próximo verão’.
Tarja Laitiainen partilhou a estratégia da Finlândia, realçando que Caminha tem muito a ganhar se utilizar os inertes resultantes das limpezas para produzir energia.

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