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Sexta-feira, 29 Março, 2024
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Câmara de Caminha vai investir meio milhão de euros na limpeza da floresta

A proteção civil é uma das apostas do Município de Caminha em 2018. A Câmara Municipal de Caminha conta com uma nova equipa de sapadores florestais. Para Miguel Alves: ‘esta equipa será fundamental para a prevenção dos incêndios florestais aqui no concelho de Caminha, mas é apenas uma peça de uma estratégia que temos vindo a implementar ao longo dos últimos anos”. “Esta equipa de sapadores florestais é uma equipa que vai permitir ao município de Caminha fazer aquilo que é o seu dever e que é limpar as áreas qua são da sua responsabilidade em zonas limítrofes a zonas urbanas”, mas também deixou claro: ‘este trabalho tem de ser de todos. Todas as empresas, todos os particulares têm de limpar as zonas adjacentes às zonas urbanas dos seus terrenos e têm de o fazer até ao dia 15 de março sob pena de terem coimas reforçadas este ano”, sublinhou o presidente esta manhã.

O presidente e o vice-presidente da Câmara de Caminha acompanhados de um representante Associação de Produtores Florestais do Vale do Minho estiveram esta manhã na zona industrial da Gelfa (Âncora) que está a ser alvo de uma limpeza pela nova equipa dos sapadores florestais. Depois de reforçar o papel importante que esta equipa vai desempenhar no concelho de Caminha, Miguel Alves apelou ‘para que todos façam a limpeza dos seus terrenos localizados em áreas urbanas, dos seus terrenos que são limítrofes de casas, de industrias. Esse trabalho tem de ser feito e não podem esperar pela Câmara Municipal de Caminha ou pelas outras câmaras. Digo mais, nem com 10 equipas de sapadores como esta, nós conseguiríamos fazer toda a limpeza do território”.

Miguel Alves declarou que vai ser assinado esta tarde o contrato de financiamento para a obra de Execução da Rede Primária e Secundária de Faixas de Gestão de Combustíveis, que permitirá o arranque, a 1 de fevereiro, da obra de Execução da Rede Primária e Secundária de Faixas de Gestão de Combustíveis que vai permitir a criação de zonas de descontinuidade (sem floresta e sem combustível) em diversas áreas do concelho, de modo a poder travar os incêndios ao longo do território. “Esta é a maior operação de limpeza da floresta que alguma vez aconteceu no concelho de Caminha e vai avançar num investimento de meio milhão de euros”, realçou o presidente.

 

A nova equipa de sapadores florestais vai custar cerca de 80 mil euros, cofinanciada pelo Fundo Florestal Permanente. É constituída por 5 elementos, todos do concelho de Caminha, recrutados entre 36 candidatos. A Câmara Municipal garante a constituição e manutenção da equipa através de um protocolo celebrado com a Associação de Produtores Florestais do Vale do Minho, no âmbito o Programa de Sapadores Florestais estabelecido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. E, ainda assegura o pagamento de vencimentos, formação profissional, encargos com a viatura e equipamentos, fardas, combustíveis, reparações e seguros. Esta equipa vai ter um papel importante no território, já que vai desempenhar ações de silvicultura preventiva, ações de gestão florestal, vigilância, primeira intervenção em incêndios florestais e apoio a rescaldo e vigilância pós-incêndio.

 

Miguel Alves lembrou que esta equipa faz parte da estratégia que o Município está a desenvolver no concelho no âmbito da prevenção e combate dos incêndios florestais, dando como exemplos o PDM de Caminha revisto há muito pouco tempo e que permitiu acautelar situações de construção dentro e em zonas limítrofes de floresta; o apoio na constituição de duas equipas de Intervenção Permanente que vão ficar sedeadas junto das duas corporações de bombeiros existentes no concelho (Caminha e Vila Praia de Âncora). Sobre esta matéria, o presidente referiu: “estamos a aguardar validação da candidatura por parte da Direção Nacional de Bombeiros e do Governo”; e ainda, o protocolo que vai ser celebrado com os Sapadores dos Baldios de Riba de Âncora, de modo a poder reforçar o trabalho de prevenção durante todo o ano.

O presidente realçou ainda o facto de Caminha ser um dos 10 Municípios que está no projeto piloto de cadastro florestal Balcão Único do Prédio (BUPi).

 

“Estamos a dar prioridade total ao reforço de investimento na Proteção Civil e na defesa da floresta. É verdade que isso acontece num ano de grande contenção orçamental, é verdade que vamos ter que cortar em eventos e algumas atividades municipais não fundamentais, mas assumimos as nossas responsabilidades: a proteção de pessoas e bens é prioritária, estamos a trabalhar nestes planos há 3 anos e não nos vamos desviar do essencial. Contamos com as Juntas de Freguesia, os Baldios e os particulares neste esforço global porque sem ação de todos, a mudança não é possível. Sublinho o papel dos particulares que são os primeiros responsáveis pela limpeza dos seus terrenos. A Câmara entra numa última linha e não pode ser a solução para todos os males. Isso nunca será boa solução”, concluiu Miguel Alves.

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