Os bombeiros de Vila Praia de Âncora têm uma dívida de quase 50 mil euros a dois arquitectos a quem pediram projectos para a recuperação do cine-teatro.
Já não bastava a situação financeira difícil com que aquela associação de humanitários se vem enfrentando desde que perdeu uma das suas maiores fontes de receita com a alteração das regras do transporte de doentes não urgentes. Agora, surge por via judicial uma dívida que a actual direcção liderada por Laurinda Araújo desconhecia, mas que vai ter de paga.
O cine-teatro dos bombeiros de Vila Praia de Âncora, a sala de espectáculos mais emblemática daquela vila, está encerrado há vários anos devido ao avançado estado de degradação do edifício. As anteriores direcções ainda tentaram candidatar a obra a Fundos Comunitários, mas, para isso, tinham de estabelecer um protocolo com a Câmara de Caminha, que nunca avançou. A autarquia optou por candidatar o cine-teatro Valadares, em detrimento da sala de espectáculos de Vila Praia de Âncora.
Em declarações à Rádio Caminha, a presidente da direcção dos bombeiros voluntários de Vila Praia de Âncora explica que os quase 50 mil euros que vão ter de pagar aos arquitectos eram fundamentais para avançar com a segunda fase da obra de recuperação. É que a primeira fase, a colocação de um novo telhado, já está quase concluída.
Desde que assumiu a liderança da direcção, há cerca de meio ano, Laurinda Araújo assumiu como meta a recuperação do cine-teatro. Com muitas campanhas de angariação de fundos e todo o tipo de iniciativas conseguiu os cerca de 20 mil euros necessários para o telhado.
Uma das iniciativas que vai para o terreno já nos próximos dias para recolher fundos é o cantar das Janeiras. Uma tradição que este ano se reveste com carácter de urgência, dada a dívida de quase 50 mil euros reclamada em tribunal por dois arquitectos.